top of page

Submissão e resignação


Pai de bondade e de amor. Soberana é a tua justiça. Todo sofrimento, neste mundo, há de ter a sua causa e a sua utilidade. E por crer nisto, aceito a aflição que me invade agora, como resgate de meu passado de equívocos, e como prova para meu futuro. Bons espíritos zelam por mim, eu sei. Peço, por isso, forças para suportar a aflição sem desespero nem queixumes. Faze, Senhor, que eu a encare como uma advertência providencial. Que abata em mim o orgulho, a ambição, a tola vaidade e o egoísmo, e que contribua, assim, para o meu adiantamento Que contribua para o meu progresso espiritual. Permite, ó Pai, que a luz se faça em meu espírito, com a intensidade necessária para que eu compreenda os teus desígnios. Submeto-me com resignação à tua vontade. E, frágil como sou, peço que me ampares para que eu não esmoreça. Não me abandones, Pai, porque sem teu sustento eu nada posso. Elevo o meu olhar a ti e sinto-me fortalecido. És a minha força e a minha motivação. Conheces as fragilidades de minha alma. Não afastes de mim o teu olhar. Ajuda-me. Uma sede ardente devora-me. Faze, Pai, que brote em mim fonte de água viva para dessedentar meu ser. Não quero mais reclamar da vida e de meus irmãos. Sou fraco, mas sei que teu amor é capaz de me sustentar. Bendigo teu nome, mesmo quando sofro. Tu és o Senhor e eu, o servo infiel. Curvarei minha fronte sem uma queixa, porque somente tu és o grande. És o único alvo de minha vida. Quando sofremos uma aflição, se procurarmos a causa, encontraremos sempre a nossa própria imprevidência. Há sempre uma razão a justificar a dor de hoje. Se analisarmos com cautela, eis que muitas das causas se devem exclusivamente a nós próprios. Há, porém, causas de infelicidade que não resultam de nenhuma de nossas ações atuais. Nessas hipóteses, tratam-se de provas para a existência atual, ou de expiação por uma falta cometida em existência anterior. Sempre resgatamos os débitos que contraímos. Naquilo que nos aflige, vemos apenas o mal presente. Costumamos esquecer e ignorar as conseqüências ulteriores e favoráveis que a dor de hoje pode nos proporcionar. Tal como a cura de um doente que resulta dos meios dolorosos que se utilizaram para atingi-la. Em todos os casos, devemos submetermo-nos à vontade de deus. Cabe-nos suportar corajosamente as tribulações da vida. Somente assim, poderemos aplicar a nós mesmos, também, as palavras do Cristo: "bem-aventurados os que sofrem!" E, dessa forma, teremos tirado proveito da dor, transformando-a em cinzel de aprimoramento e de real progresso. Pensemos nisso.

Equipe de Redação do Momento Espírita com base nos itens 30e 33 do capítulo XXVIII do livro o Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec.

1 visualização

Posts recentes

Ver tudo
Whatsapp-Icon-PNG-300x300.png
bottom of page