A avicultura do Rio Grande do Sul foi um dos segmentos da agropecuária com mais prejuízos em função das recentes chuvas que dizimaram parte do Estado.
O setor calcula que as perdas chegaram a R$ 182,9 milhões no intervalo entre os dias 5 e 20 de maio, conforme levantamento preliminar da Organização Avícola do Rio Grande do Sul em parceria com a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) e o Sindicato da Indústria de Produtos Avícolas no Estado (Sipargs).
As estruturas de granjas e agroindústrias tiveram danos estimados em R$ 599 mil onde houve perda parcial, e R$ 4,4 milhões nos estabelecimentos totalmente destruídos.
Ainda há quatro frigoríficos com atividades paralisadas, equipamentos e motores danificados, rede elétrica, tubulações, geradores e caixas d’água.
Mas danos ainda maiores foram registrados na área de genética e ovos férteis, que somaram R$ 13,61 milhões. O cálculo considera a perda de 644 mil pintos de corte, 722,53 mil ovos férteis, cerca de 120,21 mil matrizes, 2,8 mil galinhas avós, 300 mil pintos de corte caipira e 100 mil pintos de postura caipira, 258,86 mil ovos, além da 266,89 mil eclosões de pintos.
A mortalidade de aves de corte foi estimada em 279 mil animais, um dano financeiro de R$ 2,8 milhões. Em poedeiras, a perda foi de 150 mil aves, com prejuízo de R$ 3,6 milhões aos produtores.
Além disso, foram registrados mais R$ 116,4 milhões como "outros prejuízos" ao setor avícola. Aqui, enquadram-se os prejuízos de liquidez, como a inadimplência dos clientes atingidos diretamente pelas enchentes (minimercados, mercados e supermercados) que perderam todo o estoque e, sem capacidade operacional, não conseguirão pagar as dívidas de curto prazo.
Fonte/foto: ACCS
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