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8 anos após tragédia, Arena Condá recebe homenagens aos jogadores da Chapecoense


Em 29 de novembro de 2016, o avião que levava a delegação da Chapecoense para o jogo de ida da final da Copa Sul-Americana, contra o Atlético Nacional, na Colômbia, caiu nas proximidades de Medellín. Na aeronave estavam jogadores, comissão técnica, dirigentes e jornalistas.


Em 2018, a Aeronáutica Civil da Colômbia concluiu a investigação e confirmou que o acidente ocorreu por falta de combustível, como consequência da ausência de gestão de risco apropriada por parte da companhia aérea LaMia.


Naquela temporada, o time da Chapecoense entrou para a história do futebol, com a classificação inédita para a final da competição continental, chamando a atenção e ganhando reconhecimento internacional.


No local onde o acidente aconteceu, pessoas prestam homenagens até hoje. Um memorial foi construído e a delegação da seleção brasileira feminina sub-20 visitou, em agosto deste ano, o local na cidade de La Unión.


A equipe estava na Colômbia para disputar o Mundial da categoria. As atletas participaram de uma solenidade cívica e em seguida visitaram a capela ecumênica onde há fotos de todas as vítimas. Após cumprir um minuto de silêncio em homenagem às vítimas, a delegação do Brasil colocou flores no local.


Para que os torcedores possam prestar homenagens, a Arena Condá estará aberta nesta sexta, das 9h até as 21h. Na parte central do gramado, flores brancas foram colocadas de maneira simbólica.


No Átrio Daví Barella Dávi, rosas brancas foram posicionadas em cada um dos nomes ao redor da fonte. À noite, um dos refletores da Arena Condá vai permanecer ligado, por 90 minutos, iluminando o estádio vazio, como um gesto de reflexão.


Neto, ex-zagueiro da Chapecoense, se tornou símbolo da luta por justiça e da preservação da memória das vítimas. O atleta tentou voltar ao futebol, mas não conseguiu, após ter ficado dois anos em tratamento. O jogador chegou a retornar aos treinamentos com bola, mas anunciou a aposentadoria, em 2019, aos 34 anos.


Neto foi o último sobrevivente a ser resgatado no acidente aéreo. Ele ficou internado por duas semanas na Colômbia. O ex-jogador desembarcou em Chapecó no dia 15 de dezembro de 2016.


O ex-goleiro Jakson Follmann e o lateral Alan Ruschel, foram outros jogadores que sobreviveram, assim como dois tripulantes da LaMia. O narrador Rafael Henzel, também sobrevivente do acidente aéreo, morreu em março de 2019 após sofrer um infarto durante um jogo de futebol com amigos.


Neto também participou, em 2019, junto com viúvas de atletas que perderam a vida no acidente, o presidente da Abravic (Associação Brasileira das Vítimas do Acidente) e três advogados, em Londres, de um protesto em frente à sede da Aon, empresa que alegava ter atuado como corretora do seguro da aeronave da LaMia, e da Tokio Marine Kiln, seguradora.


O ex-atleta cobra para que as seguradoras envolvidas indenizem familiares das vítimas. Segundo ele os processos estão tramitando mas a justiça não foi feita de acordo com o que deveria ter realmente acontecido. Neto disse sentir muito que os valores pagos às famílias, por parte do clube, tenham entrado na recuperação judicial da Chapecoense.


Neto fez um jogo de despedida na Arena Condá, em 2023, com a presença de Ronaldinho Gaúcho, Popó e mais algumas celebridades.



FONTE: ge.globo

FOTO: ge.globo

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